domingo, 25 de janeiro de 2015

Ouro Preto - (Transcrição)

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ANTÔNIO DIAS
Histórico
Por volta de 1699, foi erguida a capela de Nossa Senhora da Conceição pelo bandeirante Antônio Dias. Em 1705, é instituída a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Arraial de Antônio Dias, mas, somente em 1727 é que os habitantes da freguesia resolveram construir um templo maior. Várias Irmandades surgiram, então, dentro da Matriz da Conceição, como a de Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Dores, São José dos Bem Casados e muitas outras.
Arquitetura e decoração
O risco foi feito, provavelmente, por Manuel Francisco Lisboa, tendo a parte arquitetônica concluída em 1746. Em meados do século 19, foram feitas obras de reparo no frontispício. Daí, sua atual fachada ser em linhas neoclássicas.
“No interior, o tratamento dos ambientes principais, nave e capela-mor, é esmerado. Talha e pintura invadem toda a superfície arquitetural traduzindo, com esse jogo da arquitetura e da ornamentação, a exuberância do período joanino” (Caderno de Restauração da Matriz de Antônio Dias). Os retábulos da nave, num total de 8, apresentam dosséis, quartelões, colunas torsas, anjos em profusão, compondo um belo exemplo de decoração barroca. Foram executados entre 1725 e 1735. A autoria dessas obras é desconhecida. Dois altares laterais se destacam: o de Nossa Senhora da Boa Morte e de São Miguel

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Altar de Nossa Senhora da Boa Morte
Foi, provavelmente, o último altar a ser entalhado. No local do sacrário, foi colocado um entalhe representando a morte da Virgem, tendo, ao fundo, um grupo de pessoas que a assistem nesse momento. Como uma “continuação” da história da Virgem, mais acima, no trono, acontece a representação da sua Assunção e, ao alto, no coroamento do retábulo, a Virgem está sendo coroada pela Santíssima Trindade. É a frente desse altar que está sepultado o grande mestre
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Altar de São Miguel
A professora Adalgisa A. Campos já levantou, em Minas Gerais, cerca de 56 localidades possuidoras de Irmandades ou altares ou imagens, ou mesmo da denominação do Arcanjo Miguel. Foi uma devoção muito forte em Minas no período colonial, chegando a ser a terceira mais popular. Essa devoção ao Arcanjo Miguel, em parte, tem explicação no cumprimento de uma das resoluções do Concílio de Trento (1545-1563), que recomendava a ereção de Irmandades sob a invocação de algumas devoções, entre elas a das almas do purgatório. A associação entre Miguel e as almas provem de textos apócrifos ou literários. No purgatório de Dante Alighieri, as almas fazem súplicas ao Arcanjo Miguel. (Fonte:
http://migre.me/okFp8)

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